Neymar, Paulo Henrique Ganso e todos os santistas deste mundo podem gritar a plenos pulmões: tricampeão da Copa Libertadores. Com enorme autoridade, o Santos não tomou conhecimento do pentacampeão Peñarol, enfiou 2 a 1 em um Pacaembu abarrotado e reescreveu a história na noite desta quarta-feira. Uma história que foi reescrita sob a benção de Pelé, e que dá o título mais importante àqueles que são o futuro e também o presente do futebol brasileiro.
Bicampeões paulistas, campeões da Copa do Brasil e, também, campeões da Copa Libertadores. Neymar e Ganso, que voltou de lesão para a grande final, já têm quatro títulos que poucos têm. Uma conquista que teve nomes fundamentais como o goleiro Rafael, o curinga Danilo, os ídolos Léo e Elano, o carrapato Adriano, os zagueiros Edu Dracena e Durval e o incansável Arouca. Uma conquista para todos os alvinegros da Vila Belmiro.
O Santos, que já sonha com um confronto com o Barcelona de Lionel Messi no Japão, pelo Mundial de Clubes, por ora celebra a sua terceira Copa Libertadores, e empata com o São Paulo no ranking de títulos continentais. História reescrita depois do bicampeonato de 1962 e 63, que teve protagonista Pelé. Presente no Pacaembu, o Rei do Futebol deu até volta olímpica e, das tribunas, vibrou como um dos 40 mil santistas que estiveram no Pacaembu.
Homem de gols em finais e em todos os jogos, Neymar não se absteve no primeiro título internacional com o Santos. Marcou o primeiro na decisão e foi seguido por Danilo, um coadjuvante de ouro para os santistas na Libertadores. Durval, um leão das finais, ainda assustou com um gol contra, mas o Peñarol foi bastante dominado, sobretudo no segundo tempo. Não foi páreo aos Meninos da Vila.
Essa história, que começou com a montagem de Dorival Júnior e o título da Copa do Brasil, continua graças a Muricy Ramalho. Depois de saída conturbada do Fluminense, o treinador reergueu o barco santista na Copa Libertadores. Organizou a defesa, fechou mais o meio-campo e tornou o Santos mais competitivo. Com a cara do próprio técnico, agora não apenas o mais vitorioso do País. Campeão paulista pelos santistas, e também da América do Sul.
Se já não bastassem os 90 minutos em Montevidéu, a etapa inicial no Pacaembu também não teve gols. Muito disposto no início, o Santos ameaçou e passou a ideia de que poderia construir uma vantagem, o que não ocorreu até o intervalo. Aos poucos, o Peñarol reequilibrou a partida e causou alguma insegurança aos santistas com investidas rápidas sempre a partir dos pés de Martinuccio.
Atitude de campeão é o que Arouca mostrou na volta do intervalo. Incendiado, o volante santista comandou o excelente reinício de jogo do Santos. Depois de 270 minutos, enfim, saiu o primeiro gol da final da Copa Libertadores. Não poderia ser de outro pé, senão o de Neymar.
No primeiro minuto do segundo tempo, Arouca avançou desde a intermediária ofensiva, encontrou uma brecha na defesa e, desequilibrado, encontrou Neymar. Não precisava ser outro: com espaço curto, o camisa 11 decidiu rápido. Perfeito. Enfiou o pé direito na bola, firme, e estufou as redes do gol defendido por Sosa. O Santos passou a sentir o gostinho do título. O Pacaembu tinha ambiente de conquista já desenhado, mas a história da final ainda pregaria um drama ao Santos. Em bola cruzada por Estoyanoff, Durval se antecipou e, muito mal, colocou contra as próprias redes. Era a esperança em que o competitivo Peñarol precisava para se agarrar, mas insuficiente: com raça, o Santos conservou o placar de 2 a 1 e comemorou como campeão.
E como sempre em Libertadores o jogo não poderia acabar tranquilo, os uruguaios provocaram uma confusão generalizada que o lateral Léo acabou definindo da seguinte maneira: "Apanharam no jogo e depois do jogo!". Nada que ofuscasse o brilho da 3º conquista do time alvi-negro.
E como sempre em Libertadores o jogo não poderia acabar tranquilo, os uruguaios provocaram uma confusão generalizada que o lateral Léo acabou definindo da seguinte maneira: "Apanharam no jogo e depois do jogo!". Nada que ofuscasse o brilho da 3º conquista do time alvi-negro.
Santos 2 x 1 Peñarol
Santos: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano e Arouca; Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Zé Eduardo e Neymar
Treinador: Muricy Ramalho
Peñarol: Sosa; Alejandro González (Albín) (Estoyanoff), Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Freitas, Aguiar e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera
Treinador: Diego Aguirre
Gols
Santos: Neymar, a 1min, Danilo, aos 22min do segundo tempo - Peñarol: Durval (contra), aos 34min do segundo tempo
Cartões amarelos
Santos: Neymar, Zé Eduardo - Peñarol: Alejandro González, Corujo
Árbitro
Sergio Pezzotta (Argentina)
Público pagante e renda
37984 pagantes / R$ 4.266.670,00
Local
Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
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